viernes, 25 de diciembre de 2009

PARTIDOS PSOL Y PV - HELOISA HELENA Y MARINA SILVA

La ex ministra de Medio Ambiente y precandidata presidencial del Partido Verde (PV), Marina Silva, admitió que negocia el apoyo del Partido del Socialismo y la Libertad (PSOL), la principal fuerza opositora de izquierda.
En un seminario académico internacional en Sao Paulo, en el que participa entre otros el ex presidente colombiano César Gaviria, Silva reconoció que mantiene una "conversación informal" con líderes del PSOL, como la ex senadora y ex candidata presidencial Heloisa Helana, según el diario "O Globo de Río de Janeiro".
Tanto Silva como Helena, quien en las elecciones de 2006 fue la tercera colocada, formaron parte del gobernante Partido de los Trabajadores (PT), del presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que abandonaron por diferencias ideológicas con la base del movimiento.
Silva respaldó una posible candidatura de Helena al Senado, por el estado de Alagoas, y manifestó que otros líderes del PSOL, como los diputados Ivan Valente y Chico Alencar y el senador José Nery, ofician como "interlocutores" para conseguir una alianza entre los dos movimientos.

O DOLAR DESVALORIZOU 24,9 % NO ANO 2009 EM REFERENCIA AO REAL

Dólar fecha em baixa em dia de poucos negócios
| SÃO PAULO - O dólar comercial manteve o viés adquirido ontem e terminou a quinta-feira em baixa contra o real. Em função do Natal, o pregão teve horário reduzido, assim como o volume de negócios, que não passou dos US$ 20 milhões.
Ao final da jornada, a moeda era negociada a R$ 1,750 na compra e R$ 1,752 na venda, baixa de 0,28%.
A esse preço, o dólar acumula desvalorização de 24,93% em 2009. Vale lembrar que em 2008, a moeda americana subiu 31,34%.
No front externo, a moeda americana também perdeu valor para o euro, que era negociado na casa de US$ 1,44, e para a libra, que valia US$ 1,59.
Na quarta-feira, um fluxo positivo estimado em US$ 300 milhões e atribuído à Petrobras deu rumo ao pregão. Com isso, o dólar comercial marcou a maior queda desde 1º de dezembro ao perder 1,40%, para R$ 1,757.
A Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM & F) e a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) retomam os negócios na segunda-feira. EDUARDO CAMPOS

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martes, 22 de diciembre de 2009

ECONOMIA BRASILEIRA PARA 2010

December 22, 2009
CRESCIMENTO DA ECONOMIA BRASILEIRA PARA 2010
Mercado interno vai sustentar crescimento da economia em 2010, conclui BC Kelly Oliveira Repórter da Agência Brasil .
Brasília - O crescimento da economia em 2010 será de 5,8%, segundo o Relatório Trimestral de Inflação, divulgado hoje (22) pelo Banco Central. Na avaliação do BC, o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), soma dos bens e serviços produzidos no país, será sustentando exclusivamente pelo desempenho da demanda interna.
De acordo com o relatório, o “crescimento anual do PIB deverá refletir a ocorrência de desempenhos favoráveis em todos os setores da economia”. A expansão da atividade agropecuária está estimada em 3,7%.
O setor industrial deverá crescer 7,6% em 2010, com ênfase na alta de 8,8% projetada para a indústria de transformação. A indústria da construção civil deverá crescer 6,4%, “favorecida pelo ambiente de retomada dos investimentos e pela continuidade das obras no âmbito de programas governamentais específicos e do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC)”.
A estimativa de expansão da indústria extrativa mineral ficou em 6,4%, por conta dos “impactos do maior dinamismo da economia mundial sobre os segmentos petróleo e minério de ferro”. A produção e distribuição de eletricidade, gás e água deverá aumentar 4,8%, no ano.
Para o setor de serviços, a estimativa de crescimento é de 5%, o que incorpora as projeções de crescimento para os segmentos de intermediação financeira, 7,2%, favorecido pela continuidade de crescimento do crédito. Também há projeção de crescimento de 6,5% para o comércio e de 6,4% para transporte, armazenagem e correio.
O BC também espera por crescimento de 6,1% no consumo das famílias, “evolução consistente com as perspectivas de continuidade das melhoras no mercado de trabalho e de preservação da trajetória benigna da inflação”.
Na avaliação do BC, os investimentos – Formação Bruto da Capital Fixo – devem apresentar crescimento de 15,8%, influenciados pela recuperação das expectativas e de obras de infraestrutura. A expansão do consumo do governo está projetada em 2,9%. Com isso, a contribuição da demanda interna para o resultado anual do PIB em 2010 ficou em 6,9 ponto percentual.
As exportações e as importações devem apresentar crescimento de 12% e 20,5%, respectivamente, o que refletirá “a retomada gradual da economia mundial e a consolidação de novo ciclo de crescimento na economia brasileira”. Assim, a contribuição do setor externo para o PIB será negativa em 1,1 ponto percentual.'

martes, 15 de septiembre de 2009

O IMPOSTO TOBIN

A volta do imposto Tobin ,15 de setembro de 2009
Tributo seria um desestímulo à especulação sem prejudicar investimentos.
Por Dani Rodrik
Uma autoridade econômica inglesa voltou a falar no imposto Tobin como uma possibilidade real para corrigir a economia
No fim de agosto, aconteceu algo que nunca pensei ver em toda minha vida. Uma importante autoridade econômica no império anglo-americano das finanças manifestou efetivamente seu apoio ao imposto Tobin - um imposto mundial sobre transações financeiras.
A autoridade em questão é Adair Turner, que comanda a Autoridade de Serviços Financeiros (FSA, na sigla em inglês), no Reino Unido, principal agência de supervisão financeira no país. Turner, manifestando suas preocupações sobre a dimensão do setor financeiro e seus obscenos níveis de remuneração, disse acreditar que um imposto mundial sobre transações financeiras poderia contribuir para conter ambos. Esse tipo de declaração teria sido impensável em anos anteriores. Agora, porém, é um sinal de quanto as coisas mudaram.
A ideia de tal imposto foi originalmente lançada na década de 1970 por James Tobin, economista premiado com o Nobel, ao defender "jogarmos alguma areia nas engrenagens das finanças internacionais". Tobin estava preocupado com flutuações cambiais excessivas. Ele argumentou que taxação sobre movimentações financeiras e conversão entre moedas em curto prazo coibiria especulação e criaria algum margem de manobra para gestão macroeconômica doméstica.
A partir de então, a ideia tornou-se "cause célèbre" para uma ampla diversidade de organizações não governamentais (ONGs) e grupos ativistas, que nela veem a dupla virtude de reduzir a escala do mundo financeiro e obter um bom montante de receitas para causas mais nobres - ajuda externa, vacinas, tecnologias verdes, etc. A ideia foi também apoiada por alguns franceses (previsivelmente!) e por outros líderes na Europa Continental. Mas, até que Turner mencionasse o conceito, não tinha sido identificada nenhuma autoridade importante nos EUA ou no Reino Unido - os dois principais centros internacionais do mundo financeiro mundial - disposta a dizer algo a esse respeito.
A beleza de um imposto Tobin é que desestimularia especulação de curto prazo sem produzir grande efeito adverso sobre decisões de investimento internacionais no longo prazo. Consideremos, por exemplo, um imposto de 0,25% sobre todas as transações financeiras internacionais. Um imposto assim extinguiria instantaneamente operações intradia realizadas em busca de margens de lucro muito menores do que aquele percentual, assim como operações financeiras com o objetivo de explorar diferenciais minúsculos entre mercados.
Atividades econômicas desse tipo são de duvidoso valor social, entretanto consomem recursos reais em termos de talento humano, capacidade computacional e endividamento. Por isso, não deveríamos lamentar a extinção desse tipo de prática financeira.
Por outro lado, investidores com horizontes de tempo mais dilatados e interessados em retornos significativos não seriam desencorajados significativamente pelo imposto. Assim, o capital continuaria a fluir na direção apropriada em mais longo prazo. Um imposto Tobin também não seria obstáculo a que os mercados financeiros punissem governos que administram extremamente mal suas economias.
Além disso, é inegável que tal tipo de imposto arrecadaria muito dinheiro. As estimativas de receitas proporcionadas por um pequeno imposto sobre transações cambiais internacionais chegam a centenas de bilhões de dólares por ano. As receitas seriam ainda maiores se a base fosse ampliada, conforme sugerido por Turner, englobando todas as transações financeiras mundiais. Seja qual for o montante exato, é seguro dizer que os números em questão são enormes - maior do que, por exemplo, os fluxos de ajuda externa ou quaisquer estimativas razoáveis dos ganhos decorrentes da conclusão da Rodada Doha de negociações comerciais.
Previsivelmente, Turner foi alvo de fortes críticas de banqueiros da City londrina e do Tesouro britânico. Grande parte dessas críticas não se justifica. Um imposto Tobin aumentaria o custo das operações financeiras de curto prazo, argumentaram alguns, por alguma razão fechando os olhos para o aspecto de que, na verdade, esse é justamente o propósito essencial de um imposto Tobin.
Outros argumentaram que esse tipo de tributo não ataca o problema básico dos "incentivos" nos mercados financeiros, como se dispuséssemos de uma alternativa eficaz comprovada para atingir tal objetivo. O imposto ameaçaria o papel de Londres como centro financeiro, queixaram-se alguns, como se o alvo de aplicação da proposta fosse unicamente Londres, e não o mundo inteiro. O imposto Tobin poderia ser facilmente driblado recorrendo a centros bancários em paraísos fiscais, enfatizaram alguns, como se toda regulamentação financeira não se defrontasse com exatamente o mesmo problema.
De todo modo, como observou Dean Baker, do Centro de Pesquisa Econômica e Política de Washington, há muitas maneiras imaginativas para dificultar a evasão a um imposto Tobin. Suponhamos, argumenta ele, que oferecêssemos 10% das receitas do governo a funcionários de empresas financeiras que delatem seus patrões sonegadores. Isso constituiria um belo incentivo à automonitoração.
O que o imposto Tobin não faz é ajudar a reduzir os desalinhamentos de mais longo prazo nos mercados financeiros. Esse tipo de imposto não teria evitado o desequilíbrio comercial entre os EUA e a China. Também não teria impedido que a superoferta mundial de poupança se convertesse numa bomba relógio em contagem decrescente na economia mundial. Não teria protegido países europeus e outros de ficarem inundados com ativos hipotecários tóxicos exportados dos EUA. E não dissuadiria governos determinados a praticar políticas monetárias e fiscais insustentáveis financiadas por empréstimos tomados no exterior.
Para esses problemas, necessitaremos outros corretivos. Mas um imposto Tobin é um bom começo se desejamos sinalizar sobre o valor social desse cassino denominado sistema financeiro mundial.
Dani Rodrik é professor de Economia Política na Escola de Governo John F. Kennedy da Universidade Harvard., foi o primeiro a receber o prêmio Albert O. Hirschman, do Social Science Research Council. Copyright: Project Syndicate, 2009. www.project-syndicate.org

domingo, 30 de agosto de 2009

JOSE SERRA OU AECIO NEVES

Esqueça a chapa puro-sangue - aquela que teria José Serra como candidato a presidente e Aécio Neves como seu vice. Ela só existe na cabeça do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Nos próximos quatro meses, os governadores de São Paulo e de Minas Gerais dominarão a cena da oposição na batalha pelo direito de enfrentar o candidato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva numa eleição fundamental para definir um novo projeto para o Brasil. José Serra, 67 anos, e Aécio Neves, 49, são diferentes em muita coisa: no jeito de fazer política, nas prioridades de governo e, até onde deixam antever, no projeto para o Brasil.

Mas estão no mesmo partido e, pelo acordo tácito estabelecido entre os líderes do PSDB, terão até dezembro para que um se mostre mais viável que o outro como candidato a presidente da República. Até lá, contudo, o dilema do PSDB será esmiuçado em um jogo político de duas frentes. Para o eleitor comum, eles desfiarão um rosário de estatísticas, inaugurações, obras e programas de governo - com o objetivo de subir nas pesquisas de intenção de voto. Mas também irão acelerar a peregrinação pelos Estados, de olho em alianças regionais e na conquista dos filiados do PSDB. Se até dezembro nenhum dos dois se sobrepujar, uma eleição geral, no início de 2010, entre os 350 mil integrantes do partido indicará o comandante da oposição na batalha contra o governo Lula. O vencedor definirá com que estilo, velocidade e rumo o Brasil irá caminhar para se tornar uma nação desenvolvida. E é por isso que, daqui por diante, a temperatura no PSDB não vai parar de esquentar.

martes, 14 de julio de 2009

BRASIL UM PAIS FECHADO PARA O COMERCIO INTERNACIONAL

Talvez cause estranheza a classificação do Brasil como um dos países mais fechados do mundo para o comércio internacional feita pelo Fórum Econômico Mundial (WEF), num estudo que examina até que ponto os países estão preparados para promover o comércio exterior e onde precisam avançar. Afinal, a abertura da economia brasileira à competição internacional, iniciada nos últimos anos da década de 1980 e intensificada no começo da década seguinte, permitiu o extraordinário desenvolvimento do comércio exterior do País.
Os números são expressivos. Entre 1988 e 2008, enquanto as exportações brasileiras passaram de US$ 33,8 bilhões para US$ 197,9 bilhões (aumento de 485%), as importações saltaram de US$ 14,6 bilhões para US$ 173,2 bilhões (aumento de 1.086%). Mas, a despeito desse avanço notável, o Brasil está muito mal classificado entre os 121 países analisados pelo WEF em seu recém-lançado Relatório Global da Viabilidade do Comércio. Ocupa apenas a 87ª posição, de acordo com o Índice de Viabilidade Comercial elaborado pela instituição.
O Brasil está na frente de países latino-americanos cujos governos adotaram políticas que inibem ou afugentam o investimento privado e o comércio externo, como Bolívia, Argentina, Equador e Venezuela. Mas está atrás de outros, como o Chile (19ª posição) e a Costa Rica (43ª). Entre os Brics, o Brasil só não é superado pela Rússia.
Apesar da abertura observada nos últimos anos, "o nível de proteção no Brasil continua relativamente elevado, em particular para os produtos agrícolas", observou o WEF. Além disso, é ruim a classificação do País na maioria dos itens que compõem o Índice de Viabilidade Comercial ? entre eles as regras para a circulação de bens e serviços pela fronteira, o sistema de controle alfandegário, a disponibilidade e a qualidade da infraestrutura de transportes e comunicações e o ambiente institucional para a realização de negócios.
Pesaram contra o Brasil as barreiras tarifárias, os altos custos alfandegários, a má qualidade das estradas, a corrupção e a ineficiência do governo. Em alguns itens, como rede de telecomunicações (telefonia móvel, disponibilidade de internet de banda larga, entre outros serviços), serviços relacionados a embarque de mercadorias e competência logística, o País obteve boa classificação.
O estudo destina-se a identificar, em cada um dos países analisados, onde estão os principais obstáculos para o desenvolvimento do comércio internacional e, como observaram seus autores, está sendo divulgado num momento marcante para a economia mundial.
O comércio internacional desempenhou, até recentemente, papel muito importante na disseminação do progresso e na redução da pobreza no mundo, graças às medidas adotadas por muitos países para facilitar sua expansão. Pode ser o caminho para a saída da crise mundial, mas o que se tem observado nos últimos meses é a adoção, por diversos governos, de medidas que tendem a reduzir o fluxo de bens e serviços entre os países e, assim, podem prolongar a crise.
"Com a crescente utilização do dinheiro público (para socorrer alguns segmentos da economia ou para estimular a atividade econômica), fica mais difícil agir de forma não discriminatória em relação às empresas e aos produtos estrangeiros", diz o estudo. Brasil, França e EUA estão citados entre os países que "distribuíram empréstimos generosos" para setores da economia. A Índia passou a exigir licença para a importação de determinados produtos e a Argentina fixou limites para a importação de peças.
Embora considere improvável que os países reajam como os EUA em 1930, quando elevaram as tarifas de importação em quase 50%, o WEF considera que o quadro atual pode criar riscos para o sistema de livre comércio. "Há um considerável espaço para aumentar a proteção sem tecnicamente quebrar as regras da Organização Mundial do Comércio ou violar os acordos internacionais", destacou.
O relatório do WEF tem o objetivo de apontar para os governantes os obstáculos ao avanço do comércio internacional que ainda não conseguiram eliminar ou que estão criando a pretexto de enfrentar a crise.

O CONSUMO E O CREDITO ULTRAPASSAM O NIVEL DE PRE-CRISE

Intenção de compra é a maior em 10 anos
Duas pesquisas mostram que a busca por crédito e os planos de consumo no trimestre ultrapassam o nível pré-crise
Márcia De Chiara e Ana Conceição
Duas pesquisas mostram que a disposição de ir às compras do brasileiro já voltou ao nível anterior à crise. Os brasileiros estão buscando mais crédito e devem comprar mais bens duráveis - de geladeiras a carros - nos próximos meses, o que reforça o cenário favorável à recuperação da economia no segundo semestre.
O Indicador Demanda do Consumidor por Crédito, preparado pela empresa de informações de crédito Serasa Experian, atingiu em junho 102,7 pontos, contra 101,2 pontos alcançados em outubro de 2008, quando foi deflagrada a crise financeira. "É a primeira vez que o indicador supera o patamar de outubro", diz o gerente de Indicadores de Mercado da Serasa Experian, Luiz Rabi.
Já o Índice de Intenção de Compras de Bens Duráveis, apurado pelo programa de administração do varejo Provar, da USP, e pela consultoria Felisoni Associados, revela que a disposição do consumidor para adquirir um carro zero ou uma geladeira, cresceu 20% no trimestre em relação ao mesmo período de 2008.

O indicador, que será divulgado hoje, mostra também que a intenção de levar para casa algum bem durável está no nível mais alto dos últimos dez anos para o período julho a setembro.
Duas razões explicam a mudança de ânimo dos consumidores: o aumento da oferta de crédito, com melhores condições de prazos e juros, e a maior confiança, especialmente entre os consumidores de baixa renda, na manutenção do emprego.
"A tendência é de recuperação do crédito", afirma Rabi. Ele destaca que o indicador da Serasa Experian, que é uma espécie de termômetro da demanda do consumidor por crédito porque leva em conta as consultas por CPF para compras a prazo, cresceu em junho 4% na comparação com maio. É a quarta alta consecutiva.
Apesar de superar o nível de outubro, porém, o índice de demanda por crédito ainda é 1,2% menor que o de junho de 2008. No semestre, acumula um recuo de 6,8% na comparação anual. Para Rabi, nos próximos meses o indicador deverá voltar para o terreno positivo em relação a 2008 e deverá fechar o ano empatado com o ano passado. Até dezembro, ele acredita que o índice poderá atingir o pico, de 114,3 pontos, alcançado em maio de 2008. Isso indica uma forte perspectiva crescimento do crédito no segundo semestre.
Essa também é a avaliação do economista da Associação Comercial de São Paulo (ACSP), Marcel Solimeo. "O cenário ainda é de incertezas, mas não está descartada a possibilidade de o varejo repetir neste ano o desempenho de 2008." O comércio varejista encerrou o primeiro semestre com recuo médio de 8% no volume de vendas a prazo e à vista ante 2008, segundo as consultas recebidas pela ACSP, pode fechar o ano empatado.

miércoles, 8 de julio de 2009

MUDANÇA DA ARQUITETURA ECONOMICA MUNDIAL - NOVA ENCICLICA PAPAL- CARITAS IN VERITATE

Papa pede mudança da ''arquitetura econômica'' e critica protecionismo
Em sua 1.ª encíclica social, Bento XVI diz ser necessário uma ?autoridade política mundial? e fala em reforma da ONU (Alexandre Gonçalves)
O papa Bento XVI publicou ontem sua primeira encíclica social - Caritas in veritate (A caridade na verdade) - propondo uma reforma da "arquitetura econômica e financeira internacional" baseada na liberdade pessoal e na responsabilidade ética. O anúncio ocorreu na véspera do encontro do G-8, que reúne os sete países mais ricos e a Rússia, a partir de hoje, na cidade italiana de Áquila.
Leia, na íntegra, a versão oficial em português do texto de Bento XVI
O papa alerta que a busca exclusiva do lucro acaba destruindo a riqueza, gerando pobreza, e aponta a recente crise financeira como exemplo. Os agentes econômicos deveriam, para ele, abrir-se ao princípio da gratuidade para garantir a própria sobrevivência do mercado.

Para mostrar qual é o conteúdo concreto deste princípio, Bento XVI utiliza exemplos. Critica o protecionismo agrícola e chama os países ricos a "recordar que (para os países pobres) a possibilidade de comercializar tais produtos (agrícolas) significa a garantia da sua sobrevivência". Ao mesmo tempo, afirma que "as sociedades tecnicamente avançadas podem e devem diminuir o consumo energético" antes das demais nações, pois reúnem as condições técnicas e humanas para isso.
Na mesma linha, o papa enumera compromissos que deveriam ser assumidos por empresários, trabalhadores, sindicalistas, consumidores, organizações não-governamentais, famílias e até grupos religiosos.
Bento XVI reconhece, no início do documento, que a caridade - outro nome do princípio da gratuidade - costuma ser considerada "irrelevante para interpretar e orientar as responsabilidade morais" na economia. Mas considera impossível qualquer tipo de desenvolvimento integral - e não apenas econômico - sem um novo humanismo que promova a solidariedade entre os homens e os povos.
O documento também sugere a necessidade de uma "autoridade política mundial" - dotada de um poder efetivo - para coordenar o processo de globalização. A instituição seria responsável por sanear economias atingidas pela crise, impedir seu agravamento, realizar um desarmamento integral, promover a segurança alimentar e a paz, garantir a proteção do ambiente e regular os fluxos migratórios. O papa afirma claramente a urgência de uma "reforma da Organização das Nações Unidas (ONU)".
O professor de economia da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) Antonio Carlos Alves dos Santos afirma que a encíclica não corresponde ao discurso tradicional de um teólogo católico. "Não apresenta uma condenação moralista da economia de mercado", afirma. Segundo Santos, Bento XVI não considera a economia de mercado um problema, mas a falta de critérios morais para a ação de agentes da economia. O documento defende, por exemplo, a reforma do mercado financeiro "depois da sua má utilização que prejudicou a economia real", mas não deixa de apontá-lo como um instrumento para "a produção de riqueza e desenvolvimento".
"As encíclicas anteriores valorizavam o papel do Estado na economia", aponta a historiadora e professora de Doutrina Social da Igreja do Centro Universitário da FEI, Marli Pirozelli Silva. "Bento XVI reconhece este papel, mas sublinha a subsidiariedade (o Estado atua quando pessoas e grupos são incapazes de resolver seus próprios problemas) e a solidariedade."
O coordenador do curso de economia da FAAP José Maria Ramos considera o papa alinhado às exigências da globalização. Ele recorda que os países do G-20, recentemente reunidos em Londres, apresentaram como primeira exigência do combate à crise a restauração da confiança. "Mas não apresentaram o caminho para restabelecer esse valor ético. O papa propõe um caminho."
TRECHOS DO TEXTO
"A crise obriga-nos a projetar de novo o nosso caminho, a impor-nos regras novas e encontrar novas formas de compromisso"
"É verdade que o desenvolvimento foi e continua a ser um fator positivo, que tirou da miséria milhões de pessoas (...). Todavia devemos reconhecer que o próprio desenvolvimento econômico foi e continua a ser afetado por anomalias e problemas dramáticos, evidenciados ainda mais pela atual situação de crise"
"Sente-se a grande urgência de uma reforma tanto da Organização das Nações Unidas como da arquitetura econômica e financeira internacional"
"As forças técnicas em curso, as inter-relações em nível mundial, os efeitos perniciosos sobre a economia real de uma atividade financeira mal utilizada e, em boa medida, especulativa, os grandes fluxos migratórios, com frequência provocados e depois não geridos adequadamente, a exploração desregrada dos recursos da terra, induzem-nos hoje a refletir sobre as medidas necessárias para dar solução aos problemas"
"A abertura à vida está no centro do verdadeiro desenvolvimento. Quando uma sociedade começa a negar e a suprimir a vida, acaba por deixar de encontrar as motivações e energias necessárias para trabalhar ao serviço do verdadeiro bem do homem"
"É importante sublinhar que o caminho da solidariedade com o desenvolvimento dos países pobres pode constituir um projeto de solução para a presente crise global, como políticos e responsáveis por instituições internacionais têm intuído nos últimos tempos"
"A globalização não é, a priori, nem boa nem má. Será o que fizermos dela"
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domingo, 5 de julio de 2009

MELHORA A CONFIANÇA NA INDUSTRIA BRASILEIRA

Confiança da indústria na economia volta a crescer, constata pesquisa Marli Moreira Repórter da Agência Brasil (29 de Mayo) 2009.
São Paulo - Pelo quinto mês consecutivo, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) na economia, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV) aumentou e fechou maio em 89,6 pontos. O resultado é 6% superior ao de abril (84,5) e, segundo a nota técnica da FGV, “confirma a tendência de recuperação gradual do ritmo de atividade industrial após o forte declínio ocorrido ao final do ano passado”.
Foi a primeira vez neste ano que o resultado da sondagem ficou mais próximo da média histórica (99,1 pontos) depois de ter recuado para 74,7 pontos em dezembro do ano passado, informa o comunicado. A pesquisa foi feita com 1.075 empresas que empregam mais de mil trabalhadores, têm faturamento em torno de R$ 540 bilhões e com uma participação de 23,5% nas exportações.
A nota informa que, em maio, melhoraram tanto as avaliações sobre o momento atual quanto as expectativas para os próximos meses. O Índice da Situação Atual (ISA) teve aumento de 7,6%, passando de 86,5 para 93,1 pontos, diante de uma média história de 99,9 pontos. O Índice de Expectativas (IE) aumentou 4,4%, passando de 82,5 para 86,1 pontos.
O indicador sobre a satisfação com a situação dos negócios teve alta de 12,2%, com a pontuação passando de 77,1 para 86,5. De acordo com a FGV, o otimismo demonstrado pelos empresários com os próximos meses foi maior em comparação com o resultado das pesquisas realizadas desde outubro do ano passado. Das l.075 empresas ouvidas, 25,9% acreditam em melhora ante 18% da sondagem anterior. O número dos que preveem piora caiu de 28,1% para 27,1%.
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domingo, 19 de abril de 2009

NOVA ORTOGRAFIA PORTUGUESA

LIVRARIA: VOLP mostra como escrever 340 mil palavras na nova ortografia
da Folha Online

A entrada em vigor do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa deixou leigos e até mesmo especialistas cheios de dúvidas. A Academia Brasileira de Letras soluciona todas as perguntas e questões sobre a nova ortografia na nova edição do "VOLP - Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa" (Global Editora, 2009), único livro que registra a grafia correta de todas (ou quase todas) as palavras da Língua Portuguesa.

Divulgação

Já atualizado de acordo com as novas regras, o VOLP traz a consolidação oficial do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa pela Academia Brasileira de Letras. É um calhamaço de respeito: suas mais de 900 páginas registram a grafia, a pronúncia e a classificação gramatical de mais de 340 mil vocábulos e expressões do português, além de 1.500 palavras estrangeiras de uso corrente no país. O livro é referência oficial para exames e concursos realizados no Brasil.

Os vocábulos são apresentados em ordem alfabética. Para saber como qualquer palavra é escrita, basta procurá-la como se faz em um dicionário ou enciclopédia. Deste modo, consultas rápidas no VOLP permitem solucionar todas as questões sobre acentuação, uso do hífen, do "h", das letras "y" e "w" e outras dúvidas. O livro também esclarece a grafia correta de abreviaturas, siglas e outras formas reduzidas.

O VOLP soluciona até mesmo aquelas questões que estavam enlouquecendo linguistas e professores de português. O Acordo Ortográfico deixou brechas, por exemplo, na interpretação da grafia correta de palavras como "carboidrato", "bem-querer", "abrupto" e "sub-humano". O VOLP registra que essas palavras podem ser escritas como acima e também de uma segunda maneira: "carbo-hidrato", "benquerer", "ab-rupto" e "subumano".

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"VOLP - Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa"
Autor: Cícero Sandroni
Editora: Global
Páginas: 976
Quanto: R$ 120,00
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou na Livraria da Folha

PUBLIEDITORIALLIVRARIA DA FOLHA

jueves, 2 de abril de 2009

PARA ACABAR COM A CRISE

Para acabar a crise, US$ 1,1 trilhão
Líderes decidiram dar maior poder de fogo ao FMI, regular mercados e reduzir protecionismo.
Agências - 2/4/2009 - 22h17 Dylan Martinez/Reuters
Premiê britânico Gordon Brown anunciou ontem as decisões do G20.Os líderes do Grupo dos 20 (G20, que reúne as nações mais industrializadas e as principais potências emergentes do mundo) chegaram ontem a um acordo por meio do qual elevarão em
US$ 1,1 trilhão os recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial e de outras instituições para ajudar os países em dificuldades econômicas ao redor do mundo. O anúncio foi feito em Londres pelo primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown, ao término da reunião de cúpula.
Segundo o comunicado oficial do encontro, o grupo concordou aumentar os recursos do FMI para US$ 1,1 trilhão, sendo que, desse montante, estão US$ 500 bilhões em novos fundos; mais US$ 250 bilhões para Direitos Especiais de Saque (DES, a moeda do FMI); US$ 250 bilhões para financiamento do comércio internacional para os próximos dois anos, além d e outros US$ 100 bilhões em empréstimos adicionais para os bancos multilaterais de desenvolvimento econômico.
O G20 concordou em usar os recursos adicionais de vendas de ouro do FMI para financiar os países mais pobres e constituir um programa adicional de US$ 1,1 trilhão para dar apoio à recuperação do crédito, do crescimento e do emprego.
Contribuições de países – Brown disse que a China contribuirá com US$ 40 bilhões para o FMI, mas não disse se Pequim fará a contribuição por meio da compra de bônus do FMI ou créditos. A União Europeia e o Japão contribuirão com US$ 100 bilhões. Brown disse que alguns países decidiram transferir sua alocação de DES para países mais pobres.
O G20 decidiu que o FMI vai avaliar as ações adotadas e traçar as "as ações globais necessárias" para cumprir os objetivos anunciados.
Brown afirmou ainda que o G20 concordou com uma postura comum para limpar os balanços dos bancos e reformar o sistema financeiro. "Isso ajudará a restaurar a confiança no sistema financeiro mundial", disse. Ele descreveu o resultado do encontro como um exemplo "de ação coletiva – pessoas dando o melhor de si num trabalho conjunto".
Expansão fiscal – Brown observou que a expansão fiscal coordenada que os membros do G20 vêm promovendo totalizará US$ 5 trilhões até o fim do próximo ano. "Esse acordo de injetar dinheiro na economia internacional é um passo muito significativo em direção à recuperação", afirmou Brown. Um novo programa do Banco Mundial responderá por US$ 50 bilhões do total de financiamento ao comércio.
O grupo aprovou ainda uma revisão das quotas votantes do FMI até o fim de janeiro de 2010. Segundo o comunicado, o G20 também concordou em subscrever uma série de princípios para "promover a atividade econômica sustentável". O grupo se reunirá novamente antes do fim deste ano para fazer uma avaliação do progresso em seus compromissos.
Consenso – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse acreditar que o encontro de cúpula foi um "ponto de inflexão" no caminho rumo à recuperação global. "Os passos que têm sido tomados são críticos para evitar que deslizemos para a depressão." "Eles são mais arrojados e rápidos que qualquer resposta internacional que tenhamos visto a uma crise financeira de que se tem memória."
Já o presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse que "desde Bretton Woods, o mundo vem vivendo um modelo financeiro, o anglo-saxão. Não é meu trabalho criticá-lo, ele tem suas vantagens, mas hoje (ontem) claramente uma página foi virada", disse, referindo-se à conferência que criou o modelo econômico do pós-guerra. Reprodução

G- 20 PROMETE MAIS CONTROLE FINANCEIRO

G-20 promete mais controle financeiro
Valor Online 02/04/2009 14:22
SÃO PAULO - Em resposta à crise financeira global, o G-20 decidiu endurecer a regulamentação dos fundos de hedge, de paraísos fiscais, de agências de classificação de crédito e do sistema bancário. Também serão implementadas novas regras para o pagamento de salário e bônus de executivos, além de ter sido prometido um novo aporte nas reservas do Fundo Monetário Internacional (FMI).Contra a recessão global, serão disponibilizados US$ 1,1 trilhão, incluindo US$ 750 bilhões em recursos para o FMI, US$ 250 bilhões para o comércio internacional e US$ 100 bilhões para bancos de desenvolvimento multilaterais.
Será criado um conselho de estabilidade financeira para fornecer mecanismos de alerta de riscos sistêmicos para a economia internacional.
"Juntos, esses passos irão trazer a confiança de que a economia mundial pode voltar ao caminho do crescimento", sustentou o primeiro-ministro britânico Gordon Brown ao fim da reunião do G-20, realizada em Londres.
Os líderes do G-20 também se comprometeram a proteger e criar empregos. "Estamos realizando uma expansão fiscal concertada e sem precedentes que irá salvar ou criar milhões de empregos e que irá alcançar, no fim do próximo ano, US$ 5 trilhões e elevar a produção em 4%", afirmaram em nota.
Em relação à questão da regulação, o G-20 se comprometeu a aumentar a abrangência da supervisão oficial a todos as instituições financeiras e instrumentos financeiros sistemicamente importantes, incluindo os hedge funds.
Outra decisão dos líderes dos países é endurecer a regras contra os paraísos fiscais, no sentido de aumentar a transparência e o controle sobre o sistema financeiro. "A era do sigilo bancário acabou", diz o texto final aprovado pelo G-20.
(Valor Online, com agências internacionais)

CUPULA DO GRUPO 20 ANUNCIA US$ 5 TRILHÕES ATÉ 2010

Cúpula do G20 anuncia US$ 5 trilhões até 2010 para recuperar economias
SÃO PAULO, 2 de abril de 2009 - O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, anunciou nesta quinta-feira que os países membros do G20 (grupo que reúne as principais economias desenvolvidas e emergentes do globo) concordaram em oferecer recursos no total de US$ 5 trilhões até o final de 2010, em mais uma tentativa de proteger e criar empregos, além de aumentar a produção mundial em 4%. A cifra representa o maior investimento já feito em toda a história.
O G20 ainda irá destinar US$ 1 trilhão ao Fundo Monetário Internacional (FMI), sendo US$ 750 bilhões em recursos que se somam aos US$ 250 bilhões já comprometidos para este organismo, em uma tentativa de ajudar as nações com problemas decorrentes da crise financeira internacional.
"A proposta de hoje não soluciona a crise, mas representa o grande início do processo de recuperação", disse Brown em entrevista coletiva em Londres. O premiê ainda revelou que a cúpula do G20 destinará US$ 250 bilhões para promover o comércio global, além de criar outros fundos para o Banco Mundial (Bird) e o Fórum de Estabilidade Financeira.
"O plano de estímulos que estamos promovendo hoje irá colaborar para a recuperação do sistema financeiro internacional, elevando a criação de emprego, os investimentos feitos por companhias e a confiança dos consumidores", enfatizou.
"Não há reparos rápidos, mas podemos encurtar a recessão e salvar empregos e evitar que crises como esta aconteçam de novo", acrescentou. Brown declarou ainda que o controle de bancos, paraísos fiscais e bônus também foram assuntos discutidos pela Cúpula do G20.
A Cúpula ainda aceitou uma regulamentação financeira internacional mais dura, com o pagamento de salário e bônus de executivos de bancos sujeitos a controles mais severos, entre outras iniciativas.
"O sigilo bancário do passado tem de acabar. Estamos entrando em um processo profundo de reestruturação de nosso sistema financeiro para o futuro", concluiu, após prometer que irá manter as políticas de corte de juros.
(Marcel Salim - InvestNews)

PACOTE DE UM TRILHÃO PARA A CRISE

G-20 deve anunciar pacote de US$ 1 tri
Cerca de US$ 750 bi serão destinados ao FMI e US$ 200 bi ao Banco Mundial, para irrigar a economia global
A cúpula do G-20, hoje, em Londres, deve resultar no anúncio de US$ 1 trilhão em recursos para irrigar a economia mundial, socorrer países emergentes e em desenvolvimento em crise e estimular as trocas comerciais. Desse valor, cerca de US$ 750 bilhões seriam destinados ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e US$ 200 bilhões ao Banco Mundial (Bird), segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
O aporte no FMI deve ocorrer por vários meios. Pela linha de crédito New Arrangements to Borrow (NAB), defendida pelos Estados Unidos, seriam injetados US$ 250 bilhões. Outros US$ 250 bilhões viriam dos Direitos Especiais de Saque (SDR), ligados ao poder de decisão de cada sócio do Fundo. Essa é, de acordo com o ministro, a preferência brasileira.
Por fim, mais US$ 250 bilhões seriam originários de empréstimos diretos de governos: US$ 100 bilhões do Japão, US$ 100 bilhões da União Europeia e US$ 48 bilhões da Noruega. Os recursos se somariam aos US$ 250 bilhões que o FMI já dispõe, totalizando US$ 1 trilhão.
Conforme Mantega, um acordo em torno desses valores depende da reorganização do poder de decisão nas instituições internacionais - de como o aporte será feito e da reformulação das condições de saque por parte dos países-membros do Fundo. "Não podemos manter o status quo do Fundo, ou seja, permitir que o comando seja mantido por países que não têm mais o poder de decisão e de aporte."
Além dos recursos do FMI, o Banco Mundial também receberia um novo aporte. O aporte no Bird seria voltado para o reaquecimento do comércio mundial. Segundo o ministro, o G-20 deve injetar entre US$ 100 bilhões e US$ 200 bilhões na instituição. "Os recursos seriam alocados para os países em desenvolvimento, para reativar o comércio", disse Mantega.
No total, de acordo com negociadores brasileiros, o G-20 deverá anunciar US$ 1 trilhão em recursos para os organismos internacionais. Esse valor diz respeito ao total de recursos novos para as diferentes instituições, confirmaram ao Estado o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia.
"O Brasil está disposto a colaborar, mas temos de ver qual é a melhor maneira e adaptar (as instituições) às novas regras do jogo. Não podemos trabalhar com as velhas regras", argumentou o ministro. "São novas regras para que o Brasil seja também protagonista. Não é só colocar dinheiro, sem saber onde será alocado."
A proposta de aumento dos recursos do FMI veio a público em 22 de fevereiro, ao término de uma reunião preparatória dos países europeus do G-20.
Embora a maior parte dos membros do G-20 apoie a recapitalização das instituições, a reforma e a redistribuição do poder de decisão não são, de acordo com a delegação brasileira, prioridades dos EUA e da União Europeia. O tema é uma das bandeiras do presidente Lula em Londres.



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REUNIÃO DO G-20 EM LONDRES 2 DE ABRIL

Lula fica satisfeito com resultado da reunião do G20
Fernando Freire
Enviado especial da EBC
Londres - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou positiva a reunião do G20 hoje (2), em Londres, que decidiu entre outras medidas criar um fundo de socorro à economia mundial de US$ 1,1 trilhão. Satisfeito com o resultado do encontro, Lula, em entrevista à imprensa na Embaixada do Brasil, em Londres, comemorou o documento final assinado pelos líderes.
“Nós vivemos hoje um momento muito importante na história do mundo. Eu estou participando há seis anos de reuniões de chefes de Estado e há muito tempo, vínhamos tentando construir alguma coisa que pudesse significar uma maior harmonia e um maior entendimento entre os países”, afirmou.
De acordo com Lula, a reunião foi marcada pela participação dos chefes de Estado e de governo sem qualquer diferença entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. “Foi a primeira reunião que eu participei em que os chamados países desenvolvidos estavam em igualdade de condições com os países em desenvolvimento. Nessa reunião, não havia ninguém que sabia absolutamente de tudo, como se nós não soubéssemos de nada”, disse.
Diante da decisão do G20, de que países antes considerados pobres passem agora a poder emprestar dinheiro, por meio do Fundo Monetário Internacional (FMI), para os que estão afetados pela crise mundial, o presidente brasileiro considerou como “chique, soberano, o Brasil emprestar dinheiro para o FMI”.
Lula afirmou ainda que “gostaria de entrar para a história como o presidente que emprestou algum dinheiro para o fundo [FMI]”. O presidente admitiu que o país tem condições de fazer o empréstimo, mas que só vai divulgar o valor quando retornar ao Brasil.
O presidente da República disse ainda que foi um êxito o avanço no combate aos paraísos fiscais e um maior controle do sistema financeiro internacional, metas contidas no documento do G20.
“Todo mundo se convenceu de que é preciso que haja uma regulação do sistema financeiro mundial para que ele esteja mais voltado ao setor produtivo e menos ao setor especulativo. Também todo mundo se colocou de acordo de que não é possível a coexistência de um mundo moral e ético, um mundo desenvolvimentista, um mundo produtivo com os paraísos fiscais que, no fundo, são por onde se lava o dinheiro do narcotráfico, do crime organizado”, afirmou
O anúncio do fim do protecionismo, outro compromisso assumido pelos países que detêm 80% da riqueza do mundo, também foi comemorado pelo presidente Lula. “Uma coisa que eu venho tentando há quatro anos, aconteceu hoje. Ou seja, passar a discussão da Rodada Doha para os líderes políticos e não mais para os técnicos.”

sábado, 31 de enero de 2009

ABAIXO O FSM Y O FEM

PROTESTA - CONTRA LOS PARADIGMAS
Es triste pasar al nuevo Milenio y verificar que tanto el Socialismo cuanto el Capitalismo son modelos de desarrollos imperfectos que no han atendido a las necesidades del desarrollo humano y al final son modelos de explotacion del Estado Político sobre el Pueblo o la explotacion del Estado Empresarial sobre los trabajadores y la clase media. Desafortunadamente el Comunismo , o un tal socialismo del siglo XXI ,crea la Nueva Clase de Burócratas con boca llena del Pueblo ... . Así fue en Rusia de Stalin o China de Maotsetung o la Cuba de Fidel . Al final la nueva Clase son ellos los burocratas , los corruptos etc. Pocos se salvan como idealistas .
Al mismo tiempo los capitalistas llenan la boca para decir que son los buenos de la película , cuando dictan las pautas del FMI, del Banco Mundial , del Club de Paris . Dictan pautas y parámetros de política fiscal y monetaria , de controles a las variables macroeconomicas de cada país , aprietan a los países en desarrollo con medidas restrictivas y sofocantes sin considerar las políticas sociales de los pueblos y las clases mas necesitadas. Que falsa moral, miren la crisis financiera mundial ,los cerebritos de Wall Street y la etica empresarial los sueldos abultados de los altos ejecutivos , las Pirámides financieras de Maldofy otros regados por el mundo . Donde esta la moral de los dos sistemas ??? Por favor no se reunan tanto los del Forum Economico de Davos , ni del Forum Social de Belem . Por favor dicten normas de moralidad y Etica Empresarial o Revolucionaria . Dejen de pendejadas y pasen a ser hombres de principios y de moral y enseñen , si pueden, a sus hijos y as sus ciudadanos el trabajo y la moral , los principios de los derechos humanos e empresariales. A

jueves, 1 de enero de 2009

Entra en Vigencia la Nueva Otografia Brasileña/Portuguesa

Confira as principais regras do novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa >
Primer de Enero de 2009 - Morillo Carvalho


Brasília - Pelo novo Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa essas são as novas formas de se escrever. O documento unifica o idioma em todos os países que o adota e começa a valer hoje (1º) no Brasil. Até dezembro de 2012, a forma atual também é aceita. O resumo tem como colaboradora a professora Stella Bortoni, linguista da Universidade de Brasília (UnB). Confira:

ALFABETO
Hoje tem 23 letras, agora passa a ter 26. O k, w e y voltam ao alfabeto oficial, porque o acordo entende que é um contra-senso haver nomes próprios e abreviaturas com letras que não estavam no alfabeto oficial (caso de kg e km). Além disso, são letras usadas pelo português para nomes indígenas (as línguas indígenas são ágrafas, mas os linguistas estudiosos desses idiomas assim convencionaram). Na prática: nenhuma palavra passa a ser escrita com essas letras - "quilo" não passa a ser "kilo" - por serem "pouco produtivas" ao português, na opinião da linguista.

SOMEM DA ORTOGRAFIA
Trema: somem de toda a escrita os dois pontos usados sobre a vogal "u" em algumas palavras, mas apenas da escrita. Assim, em "linguiça", o "ui" continua a ser pronunciado. Exceção: nomes próprios, como Hübner.

Acento diferencial: também desaparecem da escrita. Portanto, pelo (por meio de, ou preposição + artigo), pêlo (de cachorro, ou substantivo) e pélo (flexão do verbo pelar) passam a ser escritos da mesma maneira. Exceções: para os verbos pôr e pode - do contrário, seria difícil identificar, pelo contexto, se a frase "o país pode alcançar um grande grau de progresso" está no presente ou no passado.

Acento circunflexo: Desaparece nas palavras terminadas em êem (terceira pessoa do plural do presente do indicativo ou do subjuntivo de crer, ver, dar...) e em oo (hiato). Caso de crêem, vêem, dêem e de enjôo e vôo.

Acento agudo:
1 - Nos ditongos abertos éi e ói, ele desaparece da ortografia. Desta forma, "assembléia" e "paranóia" passam a ser assembleia e paranoia. No caso de "apóio", o leitor deverá compreender o contexto em que se insere – em "Eu apoio o canditato Fulano", leia-se "eu apóio", enquanto "Tenho uma mesa de apoio em meu escritório" continua a ser escrito e lido da mesma forma.

2 - Desaparecem no i e no u, após ditongos (união de duas vogais) em palavras com a penúltima sílaba tônica (que é pronunciada com mais força, a paroxítona). Caso de feiúra.

USO DO HÍFEN
Deixa de existir na língua em apenas dois casos:

1 - Quando o segundo elemento começar com s ou r. Estas devem ser duplicadas. Assim, contra-regra passa a ser contrarregra, contra-senso passa a ser contrassenso. Mas há uma exceção: se o prefixo termina em r, tudo fica como está, ou seja, aquela cola super-resistente continua a resistir da mesma forma.

2 - Quando o primeiro elemento termina e o segundo começa com vogal. Ou seja, as rodovias deixam de ser auto-estradas para se tornarem autoestradas e aquela aula fora do ambiente da escola passa a ser uma atividade extraescolar e não mais extra-escolar.

EM PORTUGAL
Caem o "c" e o "p" mudos, como "óptimo" e "acto". Passam a ser grafadas como o Brasil já fazia. Palavras como "herva" e "húmido" também passam a ser escritas como aqui: erva e úmido.