Lula fica satisfeito com resultado da reunião do G20
Fernando Freire
Enviado especial da EBC
Londres - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou positiva a reunião do G20 hoje (2), em Londres, que decidiu entre outras medidas criar um fundo de socorro à economia mundial de US$ 1,1 trilhão. Satisfeito com o resultado do encontro, Lula, em entrevista à imprensa na Embaixada do Brasil, em Londres, comemorou o documento final assinado pelos líderes.
“Nós vivemos hoje um momento muito importante na história do mundo. Eu estou participando há seis anos de reuniões de chefes de Estado e há muito tempo, vínhamos tentando construir alguma coisa que pudesse significar uma maior harmonia e um maior entendimento entre os países”, afirmou.
De acordo com Lula, a reunião foi marcada pela participação dos chefes de Estado e de governo sem qualquer diferença entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. “Foi a primeira reunião que eu participei em que os chamados países desenvolvidos estavam em igualdade de condições com os países em desenvolvimento. Nessa reunião, não havia ninguém que sabia absolutamente de tudo, como se nós não soubéssemos de nada”, disse.
Diante da decisão do G20, de que países antes considerados pobres passem agora a poder emprestar dinheiro, por meio do Fundo Monetário Internacional (FMI), para os que estão afetados pela crise mundial, o presidente brasileiro considerou como “chique, soberano, o Brasil emprestar dinheiro para o FMI”.
Lula afirmou ainda que “gostaria de entrar para a história como o presidente que emprestou algum dinheiro para o fundo [FMI]”. O presidente admitiu que o país tem condições de fazer o empréstimo, mas que só vai divulgar o valor quando retornar ao Brasil.
O presidente da República disse ainda que foi um êxito o avanço no combate aos paraísos fiscais e um maior controle do sistema financeiro internacional, metas contidas no documento do G20.
“Todo mundo se convenceu de que é preciso que haja uma regulação do sistema financeiro mundial para que ele esteja mais voltado ao setor produtivo e menos ao setor especulativo. Também todo mundo se colocou de acordo de que não é possível a coexistência de um mundo moral e ético, um mundo desenvolvimentista, um mundo produtivo com os paraísos fiscais que, no fundo, são por onde se lava o dinheiro do narcotráfico, do crime organizado”, afirmou
O anúncio do fim do protecionismo, outro compromisso assumido pelos países que detêm 80% da riqueza do mundo, também foi comemorado pelo presidente Lula. “Uma coisa que eu venho tentando há quatro anos, aconteceu hoje. Ou seja, passar a discussão da Rodada Doha para os líderes políticos e não mais para os técnicos.”
jueves, 2 de abril de 2009
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