Esqueça a chapa puro-sangue - aquela que teria José Serra como candidato a presidente e Aécio Neves como seu vice. Ela só existe na cabeça do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Nos próximos quatro meses, os governadores de São Paulo e de Minas Gerais dominarão a cena da oposição na batalha pelo direito de enfrentar o candidato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva numa eleição fundamental para definir um novo projeto para o Brasil. José Serra, 67 anos, e Aécio Neves, 49, são diferentes em muita coisa: no jeito de fazer política, nas prioridades de governo e, até onde deixam antever, no projeto para o Brasil.
Mas estão no mesmo partido e, pelo acordo tácito estabelecido entre os líderes do PSDB, terão até dezembro para que um se mostre mais viável que o outro como candidato a presidente da República. Até lá, contudo, o dilema do PSDB será esmiuçado em um jogo político de duas frentes. Para o eleitor comum, eles desfiarão um rosário de estatísticas, inaugurações, obras e programas de governo - com o objetivo de subir nas pesquisas de intenção de voto. Mas também irão acelerar a peregrinação pelos Estados, de olho em alianças regionais e na conquista dos filiados do PSDB. Se até dezembro nenhum dos dois se sobrepujar, uma eleição geral, no início de 2010, entre os 350 mil integrantes do partido indicará o comandante da oposição na batalha contra o governo Lula. O vencedor definirá com que estilo, velocidade e rumo o Brasil irá caminhar para se tornar uma nação desenvolvida. E é por isso que, daqui por diante, a temperatura no PSDB não vai parar de esquentar.
domingo, 30 de agosto de 2009
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