martes, 15 de marzo de 2011

REUNIÃO DA DILMA E OBAMA NO DIA 20 DE MARÇO DE 2011

Reuniões preliminares convenceram ambos os lados de que não haverá muito progresso em questões comerciais, por causa das elevadas tarifas de importação de etanol brasileiro cobradas nos EUA e da relutância do Brasil em permitir um acesso maior ao mercado consumidor nacional.
Ao invés disso, eles devem aprovar diretrizes para negociações comerciais futuras, colocar mais ênfase em iniciativas para expandir a presença de companhias norte-americanas nas áreas petrolíferas brasileiras e partilhar tecnologias agrícolas e de satélite.
O valor econômico desses acordos deve dar uma boa artilharia contra céticos de ambos os países --no setor privado e na política.
"Essa visita é para Obama dizer ao sistema político americano ... que um Brasil bem sucedido e forte é bom para os Estados Unidos. Esse argumento não é óbvio. Muitas pessoas não acreditam nisso em Washington", disse Matias Spektor, especialista em relações Brasil-EUA da Fundação Getúlio Vargas no Rio de Janeiro.
Muitas pessoas em Brasília também não acreditam nisso. Um artigo circulando no Ministério de Relações Exteriores, escrito por um ex-estrategista do governo Lula, defende que os EUA e outras "grandes potências" ficarão no caminho dos objetivos do Brasil, como uma maior independência econômica e um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU.
ELO PESSOAL
Até o momento, Dilma parece pensar ao contrário.
Assessores dizem que sua história de vida --de uma economista de pais imigrantes búlgaros de classe social relativamente privilegiada-- dá a Dilma uma inclinação mais Ocidental que a de Lula, um ex-líder sindical.
Dilma também participou de gerrilhas de esquerda contra a ditadura militar, que era apoiada pelos EUA. Mas sua carreira desde então foi marcada por um combate pragmático à pobreza, e ela vê uma aliança melhorada com os EUA como os meios para um fim determinado.
De fato, é a situação de relativa exclusão dos líderes --Obama como o primeiro presidente negro dos EUA e Dilma como a primeira mulher presidente do Brasil-- que faz diplomatas de ambos os lados esperarem que a reunião desta semana produza resultados a nível pessoal.
"Os dois tiveram a maioridade em sistemas políticos que os excluíram por razões diferentes", disse Spektor. "Isso vai produzir uma união pessoal que é incrivelmente útil." Ref Revista Exame

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