LIVRARIA: VOLP mostra como escrever 340 mil palavras na nova ortografia
da Folha Online
A entrada em vigor do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa deixou leigos e até mesmo especialistas cheios de dúvidas. A Academia Brasileira de Letras soluciona todas as perguntas e questões sobre a nova ortografia na nova edição do "VOLP - Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa" (Global Editora, 2009), único livro que registra a grafia correta de todas (ou quase todas) as palavras da Língua Portuguesa.
Divulgação
Já atualizado de acordo com as novas regras, o VOLP traz a consolidação oficial do Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa pela Academia Brasileira de Letras. É um calhamaço de respeito: suas mais de 900 páginas registram a grafia, a pronúncia e a classificação gramatical de mais de 340 mil vocábulos e expressões do português, além de 1.500 palavras estrangeiras de uso corrente no país. O livro é referência oficial para exames e concursos realizados no Brasil.
Os vocábulos são apresentados em ordem alfabética. Para saber como qualquer palavra é escrita, basta procurá-la como se faz em um dicionário ou enciclopédia. Deste modo, consultas rápidas no VOLP permitem solucionar todas as questões sobre acentuação, uso do hífen, do "h", das letras "y" e "w" e outras dúvidas. O livro também esclarece a grafia correta de abreviaturas, siglas e outras formas reduzidas.
O VOLP soluciona até mesmo aquelas questões que estavam enlouquecendo linguistas e professores de português. O Acordo Ortográfico deixou brechas, por exemplo, na interpretação da grafia correta de palavras como "carboidrato", "bem-querer", "abrupto" e "sub-humano". O VOLP registra que essas palavras podem ser escritas como acima e também de uma segunda maneira: "carbo-hidrato", "benquerer", "ab-rupto" e "subumano".
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"VOLP - Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa"
Autor: Cícero Sandroni
Editora: Global
Páginas: 976
Quanto: R$ 120,00
Onde comprar: pelo telefone 0800-140090 ou na Livraria da Folha
PUBLIEDITORIALLIVRARIA DA FOLHA
domingo, 19 de abril de 2009
jueves, 2 de abril de 2009
PARA ACABAR COM A CRISE
Para acabar a crise, US$ 1,1 trilhão
Líderes decidiram dar maior poder de fogo ao FMI, regular mercados e reduzir protecionismo.
Agências - 2/4/2009 - 22h17 Dylan Martinez/Reuters
Premiê britânico Gordon Brown anunciou ontem as decisões do G20.Os líderes do Grupo dos 20 (G20, que reúne as nações mais industrializadas e as principais potências emergentes do mundo) chegaram ontem a um acordo por meio do qual elevarão em
US$ 1,1 trilhão os recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial e de outras instituições para ajudar os países em dificuldades econômicas ao redor do mundo. O anúncio foi feito em Londres pelo primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown, ao término da reunião de cúpula.
Segundo o comunicado oficial do encontro, o grupo concordou aumentar os recursos do FMI para US$ 1,1 trilhão, sendo que, desse montante, estão US$ 500 bilhões em novos fundos; mais US$ 250 bilhões para Direitos Especiais de Saque (DES, a moeda do FMI); US$ 250 bilhões para financiamento do comércio internacional para os próximos dois anos, além d e outros US$ 100 bilhões em empréstimos adicionais para os bancos multilaterais de desenvolvimento econômico.
O G20 concordou em usar os recursos adicionais de vendas de ouro do FMI para financiar os países mais pobres e constituir um programa adicional de US$ 1,1 trilhão para dar apoio à recuperação do crédito, do crescimento e do emprego.
Contribuições de países – Brown disse que a China contribuirá com US$ 40 bilhões para o FMI, mas não disse se Pequim fará a contribuição por meio da compra de bônus do FMI ou créditos. A União Europeia e o Japão contribuirão com US$ 100 bilhões. Brown disse que alguns países decidiram transferir sua alocação de DES para países mais pobres.
O G20 decidiu que o FMI vai avaliar as ações adotadas e traçar as "as ações globais necessárias" para cumprir os objetivos anunciados.
Brown afirmou ainda que o G20 concordou com uma postura comum para limpar os balanços dos bancos e reformar o sistema financeiro. "Isso ajudará a restaurar a confiança no sistema financeiro mundial", disse. Ele descreveu o resultado do encontro como um exemplo "de ação coletiva – pessoas dando o melhor de si num trabalho conjunto".
Expansão fiscal – Brown observou que a expansão fiscal coordenada que os membros do G20 vêm promovendo totalizará US$ 5 trilhões até o fim do próximo ano. "Esse acordo de injetar dinheiro na economia internacional é um passo muito significativo em direção à recuperação", afirmou Brown. Um novo programa do Banco Mundial responderá por US$ 50 bilhões do total de financiamento ao comércio.
O grupo aprovou ainda uma revisão das quotas votantes do FMI até o fim de janeiro de 2010. Segundo o comunicado, o G20 também concordou em subscrever uma série de princípios para "promover a atividade econômica sustentável". O grupo se reunirá novamente antes do fim deste ano para fazer uma avaliação do progresso em seus compromissos.
Consenso – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse acreditar que o encontro de cúpula foi um "ponto de inflexão" no caminho rumo à recuperação global. "Os passos que têm sido tomados são críticos para evitar que deslizemos para a depressão." "Eles são mais arrojados e rápidos que qualquer resposta internacional que tenhamos visto a uma crise financeira de que se tem memória."
Já o presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse que "desde Bretton Woods, o mundo vem vivendo um modelo financeiro, o anglo-saxão. Não é meu trabalho criticá-lo, ele tem suas vantagens, mas hoje (ontem) claramente uma página foi virada", disse, referindo-se à conferência que criou o modelo econômico do pós-guerra. Reprodução
Líderes decidiram dar maior poder de fogo ao FMI, regular mercados e reduzir protecionismo.
Agências - 2/4/2009 - 22h17 Dylan Martinez/Reuters
Premiê britânico Gordon Brown anunciou ontem as decisões do G20.Os líderes do Grupo dos 20 (G20, que reúne as nações mais industrializadas e as principais potências emergentes do mundo) chegaram ontem a um acordo por meio do qual elevarão em
US$ 1,1 trilhão os recursos do Fundo Monetário Internacional (FMI), do Banco Mundial e de outras instituições para ajudar os países em dificuldades econômicas ao redor do mundo. O anúncio foi feito em Londres pelo primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon Brown, ao término da reunião de cúpula.
Segundo o comunicado oficial do encontro, o grupo concordou aumentar os recursos do FMI para US$ 1,1 trilhão, sendo que, desse montante, estão US$ 500 bilhões em novos fundos; mais US$ 250 bilhões para Direitos Especiais de Saque (DES, a moeda do FMI); US$ 250 bilhões para financiamento do comércio internacional para os próximos dois anos, além d e outros US$ 100 bilhões em empréstimos adicionais para os bancos multilaterais de desenvolvimento econômico.
O G20 concordou em usar os recursos adicionais de vendas de ouro do FMI para financiar os países mais pobres e constituir um programa adicional de US$ 1,1 trilhão para dar apoio à recuperação do crédito, do crescimento e do emprego.
Contribuições de países – Brown disse que a China contribuirá com US$ 40 bilhões para o FMI, mas não disse se Pequim fará a contribuição por meio da compra de bônus do FMI ou créditos. A União Europeia e o Japão contribuirão com US$ 100 bilhões. Brown disse que alguns países decidiram transferir sua alocação de DES para países mais pobres.
O G20 decidiu que o FMI vai avaliar as ações adotadas e traçar as "as ações globais necessárias" para cumprir os objetivos anunciados.
Brown afirmou ainda que o G20 concordou com uma postura comum para limpar os balanços dos bancos e reformar o sistema financeiro. "Isso ajudará a restaurar a confiança no sistema financeiro mundial", disse. Ele descreveu o resultado do encontro como um exemplo "de ação coletiva – pessoas dando o melhor de si num trabalho conjunto".
Expansão fiscal – Brown observou que a expansão fiscal coordenada que os membros do G20 vêm promovendo totalizará US$ 5 trilhões até o fim do próximo ano. "Esse acordo de injetar dinheiro na economia internacional é um passo muito significativo em direção à recuperação", afirmou Brown. Um novo programa do Banco Mundial responderá por US$ 50 bilhões do total de financiamento ao comércio.
O grupo aprovou ainda uma revisão das quotas votantes do FMI até o fim de janeiro de 2010. Segundo o comunicado, o G20 também concordou em subscrever uma série de princípios para "promover a atividade econômica sustentável". O grupo se reunirá novamente antes do fim deste ano para fazer uma avaliação do progresso em seus compromissos.
Consenso – O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse acreditar que o encontro de cúpula foi um "ponto de inflexão" no caminho rumo à recuperação global. "Os passos que têm sido tomados são críticos para evitar que deslizemos para a depressão." "Eles são mais arrojados e rápidos que qualquer resposta internacional que tenhamos visto a uma crise financeira de que se tem memória."
Já o presidente da França, Nicolas Sarkozy, disse que "desde Bretton Woods, o mundo vem vivendo um modelo financeiro, o anglo-saxão. Não é meu trabalho criticá-lo, ele tem suas vantagens, mas hoje (ontem) claramente uma página foi virada", disse, referindo-se à conferência que criou o modelo econômico do pós-guerra. Reprodução
G- 20 PROMETE MAIS CONTROLE FINANCEIRO
G-20 promete mais controle financeiro
Valor Online 02/04/2009 14:22
SÃO PAULO - Em resposta à crise financeira global, o G-20 decidiu endurecer a regulamentação dos fundos de hedge, de paraísos fiscais, de agências de classificação de crédito e do sistema bancário. Também serão implementadas novas regras para o pagamento de salário e bônus de executivos, além de ter sido prometido um novo aporte nas reservas do Fundo Monetário Internacional (FMI).Contra a recessão global, serão disponibilizados US$ 1,1 trilhão, incluindo US$ 750 bilhões em recursos para o FMI, US$ 250 bilhões para o comércio internacional e US$ 100 bilhões para bancos de desenvolvimento multilaterais.
Será criado um conselho de estabilidade financeira para fornecer mecanismos de alerta de riscos sistêmicos para a economia internacional.
"Juntos, esses passos irão trazer a confiança de que a economia mundial pode voltar ao caminho do crescimento", sustentou o primeiro-ministro britânico Gordon Brown ao fim da reunião do G-20, realizada em Londres.
Os líderes do G-20 também se comprometeram a proteger e criar empregos. "Estamos realizando uma expansão fiscal concertada e sem precedentes que irá salvar ou criar milhões de empregos e que irá alcançar, no fim do próximo ano, US$ 5 trilhões e elevar a produção em 4%", afirmaram em nota.
Em relação à questão da regulação, o G-20 se comprometeu a aumentar a abrangência da supervisão oficial a todos as instituições financeiras e instrumentos financeiros sistemicamente importantes, incluindo os hedge funds.
Outra decisão dos líderes dos países é endurecer a regras contra os paraísos fiscais, no sentido de aumentar a transparência e o controle sobre o sistema financeiro. "A era do sigilo bancário acabou", diz o texto final aprovado pelo G-20.
(Valor Online, com agências internacionais)
Valor Online 02/04/2009 14:22
SÃO PAULO - Em resposta à crise financeira global, o G-20 decidiu endurecer a regulamentação dos fundos de hedge, de paraísos fiscais, de agências de classificação de crédito e do sistema bancário. Também serão implementadas novas regras para o pagamento de salário e bônus de executivos, além de ter sido prometido um novo aporte nas reservas do Fundo Monetário Internacional (FMI).Contra a recessão global, serão disponibilizados US$ 1,1 trilhão, incluindo US$ 750 bilhões em recursos para o FMI, US$ 250 bilhões para o comércio internacional e US$ 100 bilhões para bancos de desenvolvimento multilaterais.
Será criado um conselho de estabilidade financeira para fornecer mecanismos de alerta de riscos sistêmicos para a economia internacional.
"Juntos, esses passos irão trazer a confiança de que a economia mundial pode voltar ao caminho do crescimento", sustentou o primeiro-ministro britânico Gordon Brown ao fim da reunião do G-20, realizada em Londres.
Os líderes do G-20 também se comprometeram a proteger e criar empregos. "Estamos realizando uma expansão fiscal concertada e sem precedentes que irá salvar ou criar milhões de empregos e que irá alcançar, no fim do próximo ano, US$ 5 trilhões e elevar a produção em 4%", afirmaram em nota.
Em relação à questão da regulação, o G-20 se comprometeu a aumentar a abrangência da supervisão oficial a todos as instituições financeiras e instrumentos financeiros sistemicamente importantes, incluindo os hedge funds.
Outra decisão dos líderes dos países é endurecer a regras contra os paraísos fiscais, no sentido de aumentar a transparência e o controle sobre o sistema financeiro. "A era do sigilo bancário acabou", diz o texto final aprovado pelo G-20.
(Valor Online, com agências internacionais)
CUPULA DO GRUPO 20 ANUNCIA US$ 5 TRILHÕES ATÉ 2010
Cúpula do G20 anuncia US$ 5 trilhões até 2010 para recuperar economias
SÃO PAULO, 2 de abril de 2009 - O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, anunciou nesta quinta-feira que os países membros do G20 (grupo que reúne as principais economias desenvolvidas e emergentes do globo) concordaram em oferecer recursos no total de US$ 5 trilhões até o final de 2010, em mais uma tentativa de proteger e criar empregos, além de aumentar a produção mundial em 4%. A cifra representa o maior investimento já feito em toda a história.
O G20 ainda irá destinar US$ 1 trilhão ao Fundo Monetário Internacional (FMI), sendo US$ 750 bilhões em recursos que se somam aos US$ 250 bilhões já comprometidos para este organismo, em uma tentativa de ajudar as nações com problemas decorrentes da crise financeira internacional.
"A proposta de hoje não soluciona a crise, mas representa o grande início do processo de recuperação", disse Brown em entrevista coletiva em Londres. O premiê ainda revelou que a cúpula do G20 destinará US$ 250 bilhões para promover o comércio global, além de criar outros fundos para o Banco Mundial (Bird) e o Fórum de Estabilidade Financeira.
"O plano de estímulos que estamos promovendo hoje irá colaborar para a recuperação do sistema financeiro internacional, elevando a criação de emprego, os investimentos feitos por companhias e a confiança dos consumidores", enfatizou.
"Não há reparos rápidos, mas podemos encurtar a recessão e salvar empregos e evitar que crises como esta aconteçam de novo", acrescentou. Brown declarou ainda que o controle de bancos, paraísos fiscais e bônus também foram assuntos discutidos pela Cúpula do G20.
A Cúpula ainda aceitou uma regulamentação financeira internacional mais dura, com o pagamento de salário e bônus de executivos de bancos sujeitos a controles mais severos, entre outras iniciativas.
"O sigilo bancário do passado tem de acabar. Estamos entrando em um processo profundo de reestruturação de nosso sistema financeiro para o futuro", concluiu, após prometer que irá manter as políticas de corte de juros.
(Marcel Salim - InvestNews)
SÃO PAULO, 2 de abril de 2009 - O primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, anunciou nesta quinta-feira que os países membros do G20 (grupo que reúne as principais economias desenvolvidas e emergentes do globo) concordaram em oferecer recursos no total de US$ 5 trilhões até o final de 2010, em mais uma tentativa de proteger e criar empregos, além de aumentar a produção mundial em 4%. A cifra representa o maior investimento já feito em toda a história.
O G20 ainda irá destinar US$ 1 trilhão ao Fundo Monetário Internacional (FMI), sendo US$ 750 bilhões em recursos que se somam aos US$ 250 bilhões já comprometidos para este organismo, em uma tentativa de ajudar as nações com problemas decorrentes da crise financeira internacional.
"A proposta de hoje não soluciona a crise, mas representa o grande início do processo de recuperação", disse Brown em entrevista coletiva em Londres. O premiê ainda revelou que a cúpula do G20 destinará US$ 250 bilhões para promover o comércio global, além de criar outros fundos para o Banco Mundial (Bird) e o Fórum de Estabilidade Financeira.
"O plano de estímulos que estamos promovendo hoje irá colaborar para a recuperação do sistema financeiro internacional, elevando a criação de emprego, os investimentos feitos por companhias e a confiança dos consumidores", enfatizou.
"Não há reparos rápidos, mas podemos encurtar a recessão e salvar empregos e evitar que crises como esta aconteçam de novo", acrescentou. Brown declarou ainda que o controle de bancos, paraísos fiscais e bônus também foram assuntos discutidos pela Cúpula do G20.
A Cúpula ainda aceitou uma regulamentação financeira internacional mais dura, com o pagamento de salário e bônus de executivos de bancos sujeitos a controles mais severos, entre outras iniciativas.
"O sigilo bancário do passado tem de acabar. Estamos entrando em um processo profundo de reestruturação de nosso sistema financeiro para o futuro", concluiu, após prometer que irá manter as políticas de corte de juros.
(Marcel Salim - InvestNews)
PACOTE DE UM TRILHÃO PARA A CRISE
G-20 deve anunciar pacote de US$ 1 tri
Cerca de US$ 750 bi serão destinados ao FMI e US$ 200 bi ao Banco Mundial, para irrigar a economia global
A cúpula do G-20, hoje, em Londres, deve resultar no anúncio de US$ 1 trilhão em recursos para irrigar a economia mundial, socorrer países emergentes e em desenvolvimento em crise e estimular as trocas comerciais. Desse valor, cerca de US$ 750 bilhões seriam destinados ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e US$ 200 bilhões ao Banco Mundial (Bird), segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
O aporte no FMI deve ocorrer por vários meios. Pela linha de crédito New Arrangements to Borrow (NAB), defendida pelos Estados Unidos, seriam injetados US$ 250 bilhões. Outros US$ 250 bilhões viriam dos Direitos Especiais de Saque (SDR), ligados ao poder de decisão de cada sócio do Fundo. Essa é, de acordo com o ministro, a preferência brasileira.
Por fim, mais US$ 250 bilhões seriam originários de empréstimos diretos de governos: US$ 100 bilhões do Japão, US$ 100 bilhões da União Europeia e US$ 48 bilhões da Noruega. Os recursos se somariam aos US$ 250 bilhões que o FMI já dispõe, totalizando US$ 1 trilhão.
Conforme Mantega, um acordo em torno desses valores depende da reorganização do poder de decisão nas instituições internacionais - de como o aporte será feito e da reformulação das condições de saque por parte dos países-membros do Fundo. "Não podemos manter o status quo do Fundo, ou seja, permitir que o comando seja mantido por países que não têm mais o poder de decisão e de aporte."
Além dos recursos do FMI, o Banco Mundial também receberia um novo aporte. O aporte no Bird seria voltado para o reaquecimento do comércio mundial. Segundo o ministro, o G-20 deve injetar entre US$ 100 bilhões e US$ 200 bilhões na instituição. "Os recursos seriam alocados para os países em desenvolvimento, para reativar o comércio", disse Mantega.
No total, de acordo com negociadores brasileiros, o G-20 deverá anunciar US$ 1 trilhão em recursos para os organismos internacionais. Esse valor diz respeito ao total de recursos novos para as diferentes instituições, confirmaram ao Estado o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia.
"O Brasil está disposto a colaborar, mas temos de ver qual é a melhor maneira e adaptar (as instituições) às novas regras do jogo. Não podemos trabalhar com as velhas regras", argumentou o ministro. "São novas regras para que o Brasil seja também protagonista. Não é só colocar dinheiro, sem saber onde será alocado."
A proposta de aumento dos recursos do FMI veio a público em 22 de fevereiro, ao término de uma reunião preparatória dos países europeus do G-20.
Embora a maior parte dos membros do G-20 apoie a recapitalização das instituições, a reforma e a redistribuição do poder de decisão não são, de acordo com a delegação brasileira, prioridades dos EUA e da União Europeia. O tema é uma das bandeiras do presidente Lula em Londres.
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Cerca de US$ 750 bi serão destinados ao FMI e US$ 200 bi ao Banco Mundial, para irrigar a economia global
A cúpula do G-20, hoje, em Londres, deve resultar no anúncio de US$ 1 trilhão em recursos para irrigar a economia mundial, socorrer países emergentes e em desenvolvimento em crise e estimular as trocas comerciais. Desse valor, cerca de US$ 750 bilhões seriam destinados ao Fundo Monetário Internacional (FMI) e US$ 200 bilhões ao Banco Mundial (Bird), segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega.
O aporte no FMI deve ocorrer por vários meios. Pela linha de crédito New Arrangements to Borrow (NAB), defendida pelos Estados Unidos, seriam injetados US$ 250 bilhões. Outros US$ 250 bilhões viriam dos Direitos Especiais de Saque (SDR), ligados ao poder de decisão de cada sócio do Fundo. Essa é, de acordo com o ministro, a preferência brasileira.
Por fim, mais US$ 250 bilhões seriam originários de empréstimos diretos de governos: US$ 100 bilhões do Japão, US$ 100 bilhões da União Europeia e US$ 48 bilhões da Noruega. Os recursos se somariam aos US$ 250 bilhões que o FMI já dispõe, totalizando US$ 1 trilhão.
Conforme Mantega, um acordo em torno desses valores depende da reorganização do poder de decisão nas instituições internacionais - de como o aporte será feito e da reformulação das condições de saque por parte dos países-membros do Fundo. "Não podemos manter o status quo do Fundo, ou seja, permitir que o comando seja mantido por países que não têm mais o poder de decisão e de aporte."
Além dos recursos do FMI, o Banco Mundial também receberia um novo aporte. O aporte no Bird seria voltado para o reaquecimento do comércio mundial. Segundo o ministro, o G-20 deve injetar entre US$ 100 bilhões e US$ 200 bilhões na instituição. "Os recursos seriam alocados para os países em desenvolvimento, para reativar o comércio", disse Mantega.
No total, de acordo com negociadores brasileiros, o G-20 deverá anunciar US$ 1 trilhão em recursos para os organismos internacionais. Esse valor diz respeito ao total de recursos novos para as diferentes instituições, confirmaram ao Estado o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, e o assessor especial da Presidência, Marco Aurélio Garcia.
"O Brasil está disposto a colaborar, mas temos de ver qual é a melhor maneira e adaptar (as instituições) às novas regras do jogo. Não podemos trabalhar com as velhas regras", argumentou o ministro. "São novas regras para que o Brasil seja também protagonista. Não é só colocar dinheiro, sem saber onde será alocado."
A proposta de aumento dos recursos do FMI veio a público em 22 de fevereiro, ao término de uma reunião preparatória dos países europeus do G-20.
Embora a maior parte dos membros do G-20 apoie a recapitalização das instituições, a reforma e a redistribuição do poder de decisão não são, de acordo com a delegação brasileira, prioridades dos EUA e da União Europeia. O tema é uma das bandeiras do presidente Lula em Londres.
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REUNIÃO DO G-20 EM LONDRES 2 DE ABRIL
Lula fica satisfeito com resultado da reunião do G20
Fernando Freire
Enviado especial da EBC
Londres - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou positiva a reunião do G20 hoje (2), em Londres, que decidiu entre outras medidas criar um fundo de socorro à economia mundial de US$ 1,1 trilhão. Satisfeito com o resultado do encontro, Lula, em entrevista à imprensa na Embaixada do Brasil, em Londres, comemorou o documento final assinado pelos líderes.
“Nós vivemos hoje um momento muito importante na história do mundo. Eu estou participando há seis anos de reuniões de chefes de Estado e há muito tempo, vínhamos tentando construir alguma coisa que pudesse significar uma maior harmonia e um maior entendimento entre os países”, afirmou.
De acordo com Lula, a reunião foi marcada pela participação dos chefes de Estado e de governo sem qualquer diferença entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. “Foi a primeira reunião que eu participei em que os chamados países desenvolvidos estavam em igualdade de condições com os países em desenvolvimento. Nessa reunião, não havia ninguém que sabia absolutamente de tudo, como se nós não soubéssemos de nada”, disse.
Diante da decisão do G20, de que países antes considerados pobres passem agora a poder emprestar dinheiro, por meio do Fundo Monetário Internacional (FMI), para os que estão afetados pela crise mundial, o presidente brasileiro considerou como “chique, soberano, o Brasil emprestar dinheiro para o FMI”.
Lula afirmou ainda que “gostaria de entrar para a história como o presidente que emprestou algum dinheiro para o fundo [FMI]”. O presidente admitiu que o país tem condições de fazer o empréstimo, mas que só vai divulgar o valor quando retornar ao Brasil.
O presidente da República disse ainda que foi um êxito o avanço no combate aos paraísos fiscais e um maior controle do sistema financeiro internacional, metas contidas no documento do G20.
“Todo mundo se convenceu de que é preciso que haja uma regulação do sistema financeiro mundial para que ele esteja mais voltado ao setor produtivo e menos ao setor especulativo. Também todo mundo se colocou de acordo de que não é possível a coexistência de um mundo moral e ético, um mundo desenvolvimentista, um mundo produtivo com os paraísos fiscais que, no fundo, são por onde se lava o dinheiro do narcotráfico, do crime organizado”, afirmou
O anúncio do fim do protecionismo, outro compromisso assumido pelos países que detêm 80% da riqueza do mundo, também foi comemorado pelo presidente Lula. “Uma coisa que eu venho tentando há quatro anos, aconteceu hoje. Ou seja, passar a discussão da Rodada Doha para os líderes políticos e não mais para os técnicos.”
Fernando Freire
Enviado especial da EBC
Londres - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva considerou positiva a reunião do G20 hoje (2), em Londres, que decidiu entre outras medidas criar um fundo de socorro à economia mundial de US$ 1,1 trilhão. Satisfeito com o resultado do encontro, Lula, em entrevista à imprensa na Embaixada do Brasil, em Londres, comemorou o documento final assinado pelos líderes.
“Nós vivemos hoje um momento muito importante na história do mundo. Eu estou participando há seis anos de reuniões de chefes de Estado e há muito tempo, vínhamos tentando construir alguma coisa que pudesse significar uma maior harmonia e um maior entendimento entre os países”, afirmou.
De acordo com Lula, a reunião foi marcada pela participação dos chefes de Estado e de governo sem qualquer diferença entre países desenvolvidos e em desenvolvimento. “Foi a primeira reunião que eu participei em que os chamados países desenvolvidos estavam em igualdade de condições com os países em desenvolvimento. Nessa reunião, não havia ninguém que sabia absolutamente de tudo, como se nós não soubéssemos de nada”, disse.
Diante da decisão do G20, de que países antes considerados pobres passem agora a poder emprestar dinheiro, por meio do Fundo Monetário Internacional (FMI), para os que estão afetados pela crise mundial, o presidente brasileiro considerou como “chique, soberano, o Brasil emprestar dinheiro para o FMI”.
Lula afirmou ainda que “gostaria de entrar para a história como o presidente que emprestou algum dinheiro para o fundo [FMI]”. O presidente admitiu que o país tem condições de fazer o empréstimo, mas que só vai divulgar o valor quando retornar ao Brasil.
O presidente da República disse ainda que foi um êxito o avanço no combate aos paraísos fiscais e um maior controle do sistema financeiro internacional, metas contidas no documento do G20.
“Todo mundo se convenceu de que é preciso que haja uma regulação do sistema financeiro mundial para que ele esteja mais voltado ao setor produtivo e menos ao setor especulativo. Também todo mundo se colocou de acordo de que não é possível a coexistência de um mundo moral e ético, um mundo desenvolvimentista, um mundo produtivo com os paraísos fiscais que, no fundo, são por onde se lava o dinheiro do narcotráfico, do crime organizado”, afirmou
O anúncio do fim do protecionismo, outro compromisso assumido pelos países que detêm 80% da riqueza do mundo, também foi comemorado pelo presidente Lula. “Uma coisa que eu venho tentando há quatro anos, aconteceu hoje. Ou seja, passar a discussão da Rodada Doha para os líderes políticos e não mais para os técnicos.”
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