Oportunidades e desafios para o Brasil com a composição de um grupo político e econômico com a Rússia, Índia, China e África do Sul, os BRICS, foram o tema do lançamento da 9ª edição do Boletim de Economia e Política Internacional pelo Ipea, nesta quarta-feira. Com um artigo sobre oportunidades para o Brasil, Flávio Carneiro abriu o evento destacando as oportunidades para o desenvolvimento nacional, a partir de importações e exportações oferecidas com a constituição do grupo. De acordo com o pesquisador, para a maioria dos países, e sobretudo para a China, ocorreu, por um lado, um aumento da complementaridade da pauta do ponto de vista agregado, e, por outro, uma redução do número de produtos em que se verifica a complementaridade. Alguns desses produtos destacam-se como possíveis oportunidades no comércio com mais de um dos países analisados. Essa reincidência ocorreu, por exemplo, em produtos como petróleo cru, coque de petróleo, laminados de aço de grãos orientados, polietileno e aeronaves de peso superior a 15 toneladas.
Ao analisar três países – Brasil, China e Índia –, o técnico André de Mello mostrou a distinção de prioridades e de interesses destes, que envolvem desde promoção de interesses econômicos, político-diplomáticos, à conquista de uma cadeira no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas. Para o estudioso, ainda não há um modelo distintivo de cooperação para o desenvolvimento sul-sul: “Se o regime de cooperação internacional centrado no CAD é relativamente fraco, os países emergentes ainda não dispõem de um regime alternativo, e as diferenças entre eles acerca da cooperação internacional são significativas. A institucionalização em âmbito internacional para o desenvolvimento sul-sul, bem como maiores centralização, coordenação e transparência das instituições domésticas engajadas nessa cooperação, são fundamentais para o seu aprimoramento”.
Com críticas à organização atual do setor de comércio internacional de serviços, Ivan Tiago ressaltou que é fundamental o avanço do país em relação às potencialidades desse tipo de comércio. Segundo ele, é necessário identificar os produtos da área com maiores potencialidades, a fim de aumentar a competitividade brasileira no cenário internacional . IPEA, Brasil, abril 2012
domingo, 15 de abril de 2012
lunes, 9 de abril de 2012
"BRASIL ESTA DE MODA " - EL PAIS DEL PRESENTE Y DEL FUTURO
La ascensión a país emergente, la importancia que viene tomando en los foros internacionales, el peso que tiene como quinto país en Territorio y población – va camino de transformase en la sexta economía más grande del mundo, habiendo duplicado en los 10 años el PIB, la cantidad de productos y servicios, la producción de cereales y productos agrícolas en general casi duplicó: mayor productor mundial de azúcar, café, cítricos, carne y pollo, segundo soya , etc., y cuarto mayor exportador de alimentos, además de ser el primero en reservas de agua potable y tierras arables. Ha diversificado su parque industrial destacándose el sector automotriz con más de 3 millones de automóviles por año, autobuses y aviones para diferentes fines; maquinarias agrícolas. En la última década se insertaron 30 millones de personas pobres a una clase social que crece y se han profundizado en los proyectos sociales para disminuir las desigualdades e injusticias. Brasil está de moda: La copa Mundial de Futbol de 2014, las Olimpiadas de 2016 el Segundo Programa de Desarrollo Social – PAC II. Brasil tiene ahora una presidenta Dilma Rouseff que siendo una tecnócrata tiene una sensibilidad extraordinaria a la pobreza de su país y del continente suramericano. No fue en vano, que fue una luchadora social desde cuando era estudiante en Belo Horizonte, estuvo presa en los gobiernos militares de las décadas finales de 60 y 70. Hoy Brasil dejo de pensar en el futuro para pensar en el presente. Hoy busca insertar al “tejido social digno” más 10 millones de Brasileros como prioridad del Gobierno para este periodo presidencial. Brasil al transformarse en una potencia agrícola y proteica no se justifica el hambre en ese país, así como en toda América Latina afirma Dilma. Recientemente en la prensa europea, frente a la crisis de la UE, sale la noticia que Brasil necesita más de 8oo mil profesionales para el salto de transformarse en “Quinta Potencia” en los próximos 10 años, para atender a los objetivos de infraestructura y proyectos de desarrollos del PAC II. Brasil viene suavizando las rígidas leyes de inmigración y de visas Temporarias de Trabajo así como la flexibilización de las leyes de inversiones de capitales, formación de recursos humanos. La apertura inmigratoria favorece a los países lusofonos y latinoamericanos, en especial, los del Mercosur. Hoy en día los hoteles de Brasil están repletos de hombres de negocios de todas las latitudes del mundo: asiáticos, europeos, norteamericanos, portugueses, españoles y latinoamericanos. El año pasado Brasil fue el tercer país a recibir mayor inversión de capital extranjero y fue también el país suramericano que más ha invertido en latinoamérica en los últimos 10 años. El país carioca tiene reservas superiores a 400 mil millones de dólares norteamericanos. Al mismo tiempo el país ha ofrecido cooperación técnica a los países latinoamericanos, caribeños y africanos en los desarrollo de agricultura tropical y familiar, en nuevas alternativas energéticas, en el desarrollo de cadenas productivas Las oportunidades de negocios son atractivas conforme los diversos Estados de la Federación Brasilera con incentivos propios de los Gobiernos Estatales y del Gobierno Federal. El Norte de Brasil es por lógica y proximidad de Venezuela, estados atractivos para la inversión a los empresarios venezolanos y brasileros. Es el camino al Sur – es el camino a la Integración. La CAF y el BNDES son bancos de fomento más importantes de Latinoamérica y posiblemente el Banco del Sur será el motor de nuevos desarrollos y de infraestructura, cadenas productivas, proyectos sociales que sincronizará las economías de los diferentes países suramericanos. Hoy hay más de un centenar de proyectos que vienen siendo financiados por la CAF y BNDES. En las relaciones Venezuela – Brasil hay más de 12 megaproyectos, realizados ó por concluir y en toda Suramérica más otros 50 megaproyectos.
Econ. Fernando Portela
Econ. Fernando Portela
VISITA POCO PRACTICA DE DILMA A USA - EN EL MARCO DEL ENCUENTRO DE DILMA CON OBAMA
9/03/12
A visita em curso da presidente Dilma Rousseff aos EUA é uma boa oportunidade para alguns rabiscos estratégicos. Antes, um brinde à presidente brasileira e pode ser feito com cachaça, pois esta preferência nacional terá o acesso facilitado ao mercado americano, em uma vitória para os interesses comerciais do Brasil. Dilma Rousseff não parece fazer onda pública sobre o tal downgrade da visita, ou seja, não ser tratada com gala e jantar faustoso na Casa Branca. A viagem é de negócios, destinada a aprofundar parcerias e aceitar que existem divergências naturais mesmo entre aqueles que são considerados aliados naturais. Atitude madura para a pragmática dirigente de um país emergente, embora não existam grandes expectativas sobre esta visita.
Barack Obama é um dirigente negligente sobre América Latina, ainda mais do que antecessores, e não formulou uma química de relacionamento pessoal com Dilma Rousseff, mas os fatos estão aí. O Brasil é sexta economia mundial, o quarto detentor de títulos da dívida pública americana (US$ 229 bilhões) e um mercado importante para empresas americanas (e este presidente não se cansa de enfatizar a necessidade de geração de empregos num ano eleitoral). Ademais, é uma democracia, ao contrário do superemergente chinês.
Do lado brasileiro, existem ranço antiamericano e um sentimento pavloviano na política externa, que resultam em posturas vexaminosas como o respeito conferido pelo governo Dilma à ditadura cubana ou falta de rigor com o regime carniceiro no poder na Síria, em nome da lenga-lenga de não-intervenção. No entanto, não há mais aquele exibicionismo da era Lula, que levou a encrencas como a mediação brasileira na crise nuclear iraniana e voto contra sanções, aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU. Aliás este protagonismo lulista é um dos motivos para a esnobada americana. Washington não conferiu o status de visita de estado à viagem de Dilma, pois ainda existe rescaldo de irritação com o teatro diplomático do governo anterior.
Mas há também incoerência na postura do governo Obama. Ok, a superpotência se irrita com gestos independentes de potências emergentes como o Brasil, mas existe mais tolerância com o comportamento de um emergente como a Índia, que atravessa muito mais os interesses americanos do que o Brasil com seu protecionismo comercial e íntimo relacionamento com o Irã. No entanto, Obama conferiu ao primeiro-ministro Manmohan Singh o status de visita de estado quando ele apareceu em Washington e endossou formalmente a aspiração indiana para se tornar membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, algo até agora negado ao Brasil.
Numa zona extremamente quente do mundo (onde estão Irã, Paquistão, Afeganistão e a China), os americanos têm se empenhado desde o governo Bush para consolidar uma parceria estratégica com a Índia, um país com uma tradição pavloviana antiamericana. Os EUA engolem os dissabores, como a fúria que esta intimidade com a Índia provoca em outro aliado complicado, e nuclear, que é o Paquistão. E não custa lembrar que, apesar da nova intimidade, a Índia, como é o caso do Brasil, se alinha com os EUA em menos de 25% das votações nas Nações Unidas. Está bem, vamos reconhecer que, além do seu imenso potencial econômico, a importância geopolítica da Índia já é impressionante.
O essencial no raciocínio é que, na devida medida, também existe o potencial para que se seja concretizado um relacionamento estratégico entre Brasil e EUA. Obviamente não se trata de alinhamento automático. O mundo está mais multipolar e países emergentes como Índia e Brasil, embora sejam democracias estáveis (e corruptas), não estão e nunca estarão totalmente afinados com o projeto de modernização ao estilo americano, professando mais entusiasmo em dirigismo econômico. Viva o BNDES! (leitores distraídos, a última frase é uma ironia!).
Mas nestes rabiscos estratégicos, o ponto a destacar é que tanto EUA como Brasil estão cada vez mais conscientes das complexas relações bilaterais que ambos mantêm com o superemergente chinês. Logo o aprofundamento de relações Brasília-Washington é, na formulação óbvia, conveniente para ambas as partes. Os EUA precisam de contrapontos ao avanço chinês e o Brasil age corretamente com uma política de triangulação com Washington e Pequim. O Brasil receia cada vez mais se tornar um escravo da exportações de commodities para a China e de importações de bugigangas daquele país. Do outro lado do espectro, em meio a mais uma onda de conversas sobre o declínio do império americano, a máquina global ainda precisa desta “velha locomotiva” que sempre surpreende pelo pique renovado.
O negócio, portanto, é mesmo apostar no capital americano em alta tecnologia, educação, como no programa Ciência Sem Fronteiras de bolsas de estudos para brasileiros nos EUA, inovação e mais comércio. Seria ótimo um tratado bilateral de livre-comércio (só um sonho). Seria uma maravilha um Brasill menos antiamericano, assim como uma superpotência mais ciente da importância brasileira. A realidade bilateral está longe de ser uma desgraça, apesar dos contenciosos, mas falta muito respeito mútuo.
Art.Caio Blinder
A visita em curso da presidente Dilma Rousseff aos EUA é uma boa oportunidade para alguns rabiscos estratégicos. Antes, um brinde à presidente brasileira e pode ser feito com cachaça, pois esta preferência nacional terá o acesso facilitado ao mercado americano, em uma vitória para os interesses comerciais do Brasil. Dilma Rousseff não parece fazer onda pública sobre o tal downgrade da visita, ou seja, não ser tratada com gala e jantar faustoso na Casa Branca. A viagem é de negócios, destinada a aprofundar parcerias e aceitar que existem divergências naturais mesmo entre aqueles que são considerados aliados naturais. Atitude madura para a pragmática dirigente de um país emergente, embora não existam grandes expectativas sobre esta visita.
Barack Obama é um dirigente negligente sobre América Latina, ainda mais do que antecessores, e não formulou uma química de relacionamento pessoal com Dilma Rousseff, mas os fatos estão aí. O Brasil é sexta economia mundial, o quarto detentor de títulos da dívida pública americana (US$ 229 bilhões) e um mercado importante para empresas americanas (e este presidente não se cansa de enfatizar a necessidade de geração de empregos num ano eleitoral). Ademais, é uma democracia, ao contrário do superemergente chinês.
Do lado brasileiro, existem ranço antiamericano e um sentimento pavloviano na política externa, que resultam em posturas vexaminosas como o respeito conferido pelo governo Dilma à ditadura cubana ou falta de rigor com o regime carniceiro no poder na Síria, em nome da lenga-lenga de não-intervenção. No entanto, não há mais aquele exibicionismo da era Lula, que levou a encrencas como a mediação brasileira na crise nuclear iraniana e voto contra sanções, aprovadas pelo Conselho de Segurança da ONU. Aliás este protagonismo lulista é um dos motivos para a esnobada americana. Washington não conferiu o status de visita de estado à viagem de Dilma, pois ainda existe rescaldo de irritação com o teatro diplomático do governo anterior.
Mas há também incoerência na postura do governo Obama. Ok, a superpotência se irrita com gestos independentes de potências emergentes como o Brasil, mas existe mais tolerância com o comportamento de um emergente como a Índia, que atravessa muito mais os interesses americanos do que o Brasil com seu protecionismo comercial e íntimo relacionamento com o Irã. No entanto, Obama conferiu ao primeiro-ministro Manmohan Singh o status de visita de estado quando ele apareceu em Washington e endossou formalmente a aspiração indiana para se tornar membro permanente do Conselho de Segurança das Nações Unidas, algo até agora negado ao Brasil.
Numa zona extremamente quente do mundo (onde estão Irã, Paquistão, Afeganistão e a China), os americanos têm se empenhado desde o governo Bush para consolidar uma parceria estratégica com a Índia, um país com uma tradição pavloviana antiamericana. Os EUA engolem os dissabores, como a fúria que esta intimidade com a Índia provoca em outro aliado complicado, e nuclear, que é o Paquistão. E não custa lembrar que, apesar da nova intimidade, a Índia, como é o caso do Brasil, se alinha com os EUA em menos de 25% das votações nas Nações Unidas. Está bem, vamos reconhecer que, além do seu imenso potencial econômico, a importância geopolítica da Índia já é impressionante.
O essencial no raciocínio é que, na devida medida, também existe o potencial para que se seja concretizado um relacionamento estratégico entre Brasil e EUA. Obviamente não se trata de alinhamento automático. O mundo está mais multipolar e países emergentes como Índia e Brasil, embora sejam democracias estáveis (e corruptas), não estão e nunca estarão totalmente afinados com o projeto de modernização ao estilo americano, professando mais entusiasmo em dirigismo econômico. Viva o BNDES! (leitores distraídos, a última frase é uma ironia!).
Mas nestes rabiscos estratégicos, o ponto a destacar é que tanto EUA como Brasil estão cada vez mais conscientes das complexas relações bilaterais que ambos mantêm com o superemergente chinês. Logo o aprofundamento de relações Brasília-Washington é, na formulação óbvia, conveniente para ambas as partes. Os EUA precisam de contrapontos ao avanço chinês e o Brasil age corretamente com uma política de triangulação com Washington e Pequim. O Brasil receia cada vez mais se tornar um escravo da exportações de commodities para a China e de importações de bugigangas daquele país. Do outro lado do espectro, em meio a mais uma onda de conversas sobre o declínio do império americano, a máquina global ainda precisa desta “velha locomotiva” que sempre surpreende pelo pique renovado.
O negócio, portanto, é mesmo apostar no capital americano em alta tecnologia, educação, como no programa Ciência Sem Fronteiras de bolsas de estudos para brasileiros nos EUA, inovação e mais comércio. Seria ótimo um tratado bilateral de livre-comércio (só um sonho). Seria uma maravilha um Brasill menos antiamericano, assim como uma superpotência mais ciente da importância brasileira. A realidade bilateral está longe de ser uma desgraça, apesar dos contenciosos, mas falta muito respeito mútuo.
Art.Caio Blinder
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